5786 anos desde Adão e Eva. Isso foi semana passada, acredite. Quanto vale um dia terrestre no universo? E um século? E um milênio? O nosso tempo é diferente do de lá. Penso que não deve ter passado tanto tempo assim, pois continuamos errando as mesmas coisas de sempre. Ainda existem guerras, injustiça, e todas as consequências do desamor ao próximo. O básico ainda não é feito, e se é, a vaidade pode fazer caminho. Salvar a humanidade é: cada um se responsabilizar pelo seu próprio crescimento moral, pois a verdade é uma só (echad). Nos libertarmos do egoísmo e do orgulho para que o bem prevaleça.
E aí me pergunto qual a diferença entre nós e as flores, que eu tanto amo fotografar?
Se pensarmos que o Pai quer nos ver evoluir moralmente, as flores já alcançaram a perfeição há muito tempo. As flores são únicas pois justamente fazem o que o universo as programou para fazer, elas não saem do caminho: purificam o ar, embelezam... elas realizam o trabalho a elas destinado com toda maestria. Por exemplo, eu já observei duas árvores da mesma espécie, na mesma rua, com comportamentos diferentes em relação às estações. Quando uma estava florida, a outra já estava seca — no mesmo dia. Cada uma na sua personalidade, autenticidade, entregando o melhor que podem à vida. Nosso foco deveria ser a nossa evolução moral, pois é para isso que estamos aqui. Esse é o nosso verdadeiro trabalho, a guerra a ser travada dentro de nós, muitas ou todas vezes.
A confiança, ou melhor, a coragem para escolhermos não desviar do caminho do BEM é colossal, pelo menos para mim vem sendo. Achei que a parte mais difícil foi entender que nossa realidade é baseada nas escolhas que fazemos. somos responsáveis por cada uma delas, grandes ou insignificantes no dia a dia, e às nossas reações perante ao o que sentimos, então que eles sejam sempre bons, caridosos, justos, amorosos. Eu concordo com Bashar, com Jesus, com a lei natural do universo Ação e Reação, e com tantas outras figuras que já disseram o conceito da vida em outras palavras.
Muitas renúncias são feitas quando estipulamos que o caminho do bem será o único que nosso coração vai seguir. Implantar essa nova regra de negócio leva seu tempo, pois precisamos nos reprogramar para entregar esse novo resultado. Temos que lutar contra à nossa tendência de achar que controlamos as coisas como se pudéssemos, de fato, defini-la. Batemos o pé quando as coisas não saem do nosso jeito, do nosso capricho, de tão cegos em relação à nossa auto insignificância perante ao Todo. Estamos aqui por outro propósito. Não se engane da tarefa, temos que virar a chave e filtrar pelo tema do nosso destino.
A vida nos dá aquilo que plantamos, vamos então? Tá na hora de olharmos para os nossos irmãos com a mesma ternura que o Pai olha, pois ele ama a cada um na mesma intensidade.
Um ótimo novo ciclo, e que D'us nos abençoe. A arte da vida precisa continuar.
Que sejamos todos inscritos no livro da vida.
Hanna Luisa Bakor